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Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise

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Daninho01990

Daninho01990
TUGA ELiT Leader
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Versão testada: PlayStation 3

No Digital Foundry gostamos de jogos em 3D, mas ainda não estamos convencidos quanto ao mecanismo de entrega - deixem lá os óculos, é a natureza dos ecrãs em si que nos causa problemas. A experiência de ir ao cinema e ter todo o teu campo de visão preenchido pela imagem 3D é de um nível de imersão bem distante do que vemos em casa, onde a tradicional 3DTV não consegue competir, parecendo quase como uma "janela com profundidade" no canto da sala.

A solução da Sony para este problema é uma das razões pelas quais adoramos a companhia - torna de bom grado aparelhos ultra-nichos, à prova de conceitos, em produtos de consumidor completos, sem importar o quão baixas as vendas provavelmente vão ser. O grandiosamente chamado HMZ-T1 Head Mounted Display coloca dois monitores 720p OLED de 0.7 polegadas a centímetros dos teus olhos, o objetivo sendo - segundo um relações públicas da Sony - emular a visão de um espantoso ecrã IMAX de 750ft a 6 metros de distância, oferecendo um ângulo de visão de 45 graus sem a necessidade de ter um projetor gigantesco.

São aclamações ambiciosas, sustentadas por algumas especificações impressionantes. Para além dos ecrãs OLED de alta qualidade, o headset integra headphones com som surround 5.1 simulado e vem com uma pequena caixa externa que gere todo o scaling e outras funções relacionadas com a imagem.

A agência de relações públicas da Sony contactou-nos e perguntou se gostaríamos de analisar o aparelho. Infelizmente, as unidades são caras, e o acesso foi restrito a um evento de imprensa onde tivemos apenas 45 minutos com o aparelho: não são as condições mais ideias de imaginar, mas o suficiente para nos permitir obter algumas impressões detalhadas que queremos mesmo partilhar convosco.

Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise  Sony10

O Set-Up

O HMZ-T1 está desenhado para ser integrado na composição home cinema da tua sala, e assume a forma de dois elementos distintos. Primeiro, temos o visor em si, que se liga a uma caixa separada - um pequeno aparelho que tem uma entrada HDMI. A ideia é que o processador é embutido no teu sistema permanentemente: quando não está a ser usado o visor, o sinal HDMI é enviado para a tua HDTV como habitualmente, com a caixa a agir como canal de passagem.

O processador não tem praticamente funcionalidades excepto uma segunda entrada que se liga diretamente com o headset 3D em si. Vale a pena ter em conta que o cabo entre o processador e o ecrã tem cerca de 3 metros de comprimento, o que é bem generoso, mas vais ficar restrito ao teu sistema home cinema até certo ponto.

Colocar o headset apresenta o próximo desafio - certificar que está corretamente posicionado. Tens que acertar nisto sem erros ou então a imagem não vai ser uniformemente apurada, e isto definitivamente afeta o nível de conforto na experiência de visão, porque mesmo um pouco de suavidade leva a desconforto após algum tempo. Apesar de poderem mover os ecrãs OLED uma pouco para a esquerda e para a direita, apenas conseguimos ter uma imagem completamente apurada ao usar o visor ligeiramente para a direita, um pouco mais acima. Com mais tempo para nos ajustarmos, isto poderia não ser um problema, mas duas cabeças não são iguais, portanto existe a distinta possibilidade que algumas pessoas não consigam ter uma imagem perfeita sequer.

O visor tem algum peso. Não é particularmente oneroso, mas podemos antecipar que cause problemas de fatiga após períodos extensos. A carga deve ser equilibrada entre a parte de trás da tua cabeça (com a fita sobre o topo) e a testa, com a frente a tocar levemente no teu nariz. A maioria da pressão vai para a tua testa, pois tens que deslizar a traseira do visor para a frente para o apertar. Para ter a melhor imagem e evitar que a unidade coloque demasiado peso no teu nariz, tivemos que apertar a fita um pouco.
Primeiras impressões

Assim que tudo estava em ótimas condições, arrancamos a PS3 e vimos um filme 3D antes de testar uma pequena coleção de jogos 3D. É claro que o headset oferece uma verdadeira experiência de grande ecrã - a imagem alargada, quase chegando aos limites da tua visão - apesar de ainda existir uma falha visível entre onde a tua visão começa a 'curvar-se'. Diríamos que a experiência é como olhar para um ecrã de cinema Odeon mais pequeno: impressionante, mas não exatamente IMAX.

Primeiras impressões da qualidade de imagem foram altamente favoráveis - e tudo deve-se aos ecrãs OLED de ponta integrados no visor. Para começar, os níveis de preto são soberbos - estamos a falar de profundidade de pretos ao nível CTR.

Existe alguma iluminação presente, mas não vimos nada, talvez excepto num Panasonic VT30 3DTV ou num Pioneer Kuro de topo que iguale isto - o visor não parece desligar os OLEDs individuais seletivamente quando gere os níveis de pretos (o que iria resultar numa verdadeira imagem true black para 'mais preto que o preto' enquanto permitia na mesma todo o tipo de sombras), mas seria de esperar que este aspeto precise de mais ajustes antes de se tornar viável para um ecrã de consumidor.

Motion handling também é bem gerido: o ecrã é 1280x720p nativos e claramente gera todas as linhas a 720. O conteúdo 1080 é downscaled e devido à visibilidade dos pixeis OLED não tens a sensação que todo o detalhe está a ser gerido, mas o que está lá é completamente gerado em movimento, sem tremores. A Sony não parece estar a utilizar qualquer interpolação 120Hz e não existe nenhum efeito óbvio de 'sample and hold' que tens nos ecrãs LCD.

Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise  Sony_210

Como os teus olhos estão tão perto dos ecrãs 720p, ficamos preocupados que pixeis individuais fossem bem perceptíveis comparado com um ecrã normal. Sim, são visíveis, e assim que os registares, vais ter uma tendência para os continuar a ver em pontos óbvios - assim que vistos, não podes deixar de os ver. São muito pequenos e apenas surgem realmente em conteúdo claro.

Dito isto, não pensamos que seja um problema nos jogos - que são inerentemente baseados em pixeis através do rendering - mas os filmes tendem a perder mais da sua aparência natural em termos de textura de filme: uma resolução nativa a 1080p certamente teria resolvido isto. Atualmente é como olhar para um ecrã a 720p num portátil (nas 14 polegadas ou aproximado) a um metro de distância.

A imagem é límpida e apurada, mas a estrutura pixel significa que as coisas não parecem ultra-apuradas numa forma que, digamos, o monitor 1080p faz. Diríamos que o monitor de 24 polegadas PlayStation 3D também era mais apurado (sim, foi adiado mas temos um e reconhecemos que é uma excelente peça - vamos analisá-lo mais perto do lançamento no Reino Unido). O visor certamente não se sente como estares a ver dois ecrãs OLED a um palmo de distância do teu olho - a experiência foi mais como olhar pelo viewfinder de uma câmara.

O fator 3D


Em termos da ilusão 3D, a profundidade pode parecer espantosa mas várias condições parecem ter um impacto na sua eficácia geral. Por exemplo, tens a maior profundidade quando bloqueais toda a luz para não ser vista de fora do ecrã. Nas condições da apresentação à imprensa, tivemos que usar as nossas mangas para tal, mas o esforço valeu a pena para melhorar o efeito 3D.

Segundo, tens de aumentar a definição 3D na fonte para ganhar o mesmo efeito de destaque no headset como vês nas HDTVs ou no Cinema. Na sua definição base, podes dizer que o efeito 3D está lá - e tecnicamente é muito forte - mas não existe nenhum ponto de referência, à frente, ou perto do ecrã (pessoas, paredes, etc) parece que algum do impacto é perdido.

Talvez o 3D não funcione tão bem num vazio preto, pois tens menos com o qual os teus sentidos se relacionarem. As imagens com um paralelismo negativo muito forte destacam-se do ecrã com facilidade: vemos uma demonstração muito porreira de história natural, demonstrando ambos profundidade subtil e fortes efeitos pop-out. A gestão do movimento em 3D também é excelente, com alguns tremores, e a imagem que vimos era clara e apurada até aos limites da nossa visão, mas sempre um pouco desfocada à direita.

A boa notícia é que houve pouco, muito pouco crosstalk do qual falar, a não ser que estejas propositadamente à procura dele, provavelmente não o vais ver sequer. Estava lá, mas mais visível no conteúdo medianamente mais escuro. Apenas notamos durante os jogos, pode ser que o headset não foi posicionado de forma absolutamente perfeita. Com as demos de filmes 3D, seguramos o visor manualmente e não tivemos tais problemas. Os olhos do espetador são responsáveis por misturar as imagens, portanto é possível que o ecrã não estivesse precisamente alinhado.

Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise  Sony_311

Ajuste de definições e suporte Surround 5.1

Várias imagens podem ser vistas com o Personal Viewer e tudo parece funcionar exatamente como esperado. Cinema Mode e Warm 2 produziram uma imagem muito aproximada dos padrões da indústria: ninguém se vai queixar se as cores estiverem 'ligeiramente' deslavadas num ecrã como este, a sério. O headset arranca em modo Standard e com o modo de cor Warm 1 - ligeiramente mais claro, mas não existe nenhum sobrepor de cor azul, é bom para jogos que parecem um pouco estranhos a 6505k.

O ecrã tem suporte para HDMI 1.3 'deep colour' que abrange o existente conjunto de cores disponível na maioria das HDTVs, e que também é suportado pela PS3. No entanto, os seus efeitos nem sempre são bem-vindos, basicamente tornam saturados os conteúdos não desenhados para este modo, e cores vibrantes. No entanto, para conteúdo filmado ou desenhado com isto em mente, aumenta o leque de cores disponível no ecrã. Infelizmente, como não existem atualmente padrões na indústria para o uso de 'deep colour' na produção de multimédia é bem inútil na nossa opinião, e é melhor esquecer a opção que está ali no XMB da PS3.

Um elemento das definições que realmente nos agradou foi que a nitidez artificial e a redução de barulho nos fotogramas pode ser completamente desativada, criando uma imagem mais natural. Como a imagem aparece tão perto dos teus olhos e preenche o teu campo de visão isto é absolutamente crucial para manter aquela imagem apurada, mas naturalmente suave.

Em termos de suporte para som 5.1 surround, vários modos estão disponíveis: Cinema, Game, Music e Standard. A separação é boa, mas sons vindos das 'traseiras' (isto é, as 'falsas' colunas) não estão tão claramente separados quanto esperas de um verdadeiro sistema 5.1. Dito isto, cumpre um bom trabalho.

O diálogo parecia mais apurado em modo Cinema mas isto não afetou a força do bass em termos da criação de um soundstage equilibrado. Tanto o bass como o treble são ajustáveis no menu de opções. Os headphones são completamente ajustáveis no visor, e podem facilmente ser posicionados sobre as orelhas para melhor efeito com o som surround. Infelizmente, é incerto que formatos áudio são exatamente suportados e as condições não foram apropriadas para comparar performance de LPCM, DTS e Dolby Digital, quanto mais tentar as opções de áudio 7.1 HD que a PS3 oferece ao ver Blu-ray.

Performance nos jogos e conclusões

OA gameplay sentiu-se com uma boa resposta, e não notamos qualquer display lag ao jogar. O ecrã 720p significa que existe menor processamento a decorrer (sem upscalling para começar), e os baixos tempos de resposta do ecrã OLED sem dúvida ajuda a manter a latência em baixo. Tem que ser mesmo dito que a sensação de escala ao jogar jogos como God of War 3 e Uncharted 3 é imensa, e o tamanho do ecrã realmente faz uma grande diferença em ajudar na imersão do jogador na ação. Na verdade ficámos igualmente impressionados com a qualidade quer a duas ou a três dimensões: a experiência em ecrã grande combinada com a imagem OLED pode ser bem fenomenal.

Jogos 3D com framebuffers de baixa resolução também têm um aspeto surpreendentemente bom. Na verdade por o ecrã ser nativo a 720p ajuda muito pois não existe blur adicional nem artefatos de uspcale para além do que o jogo gera no framebuffer, portanto jogos sub-HD mais suaves em 3D têm menos arestas bruscas, tal como Uncharted 3 continuam a produzir uma excelente imagem no geral.

Até agora então, o HMZ-T1 parece ser uma bela peça - mas com um preço na casa das 850€, é uma compra viável? Realisticamente, como um aparelho do dia a dia para ver filmes e jogar jogos, as suas limitações na 'vida real' sugerem que não, mas como uma peça fixe de tecnologia que oferece uma nova e impressionante experiência, então sim - se tens o dinheiro para investir, claro.

No entanto, temos que salientar fortemente que deves experimentar prolongadamente o Personal Viewer antes de comprares. Se o headset não encaixar corretamente, mesmo uma imagem ligeiramente desfocada, não uniforme, vai providenciar uma experiência de visão bem desconfortável. Também ficaríamos preocupados sobre quanto tempo a tua cabeça vai aguentar o peso antes da fatiga surgir.

O que o HMZ-T1 realmente prova é que a tecnologia OLED é inequivocamente o futuro das HDTVs. A tecnologia certamente parece a primeira verdadeira substituta para o CRT, e ao lado de um excelente scaler vai dar num ecrã espantoso. Mas atualmente o 3D Personal Viewer da Sony é uma prova de conceito bem realizada, um vislumbrar da tecnologia de ecrãs do futuro, e prova que este visor de aspeto ridículo pode funcionar mesmo muito bem.

https://www.youtube.com/user/DanielRicardo1990?ob=0&feature=r

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